26 de dezembro de 2006

Edmilson Rodrigues, o obtuso (Parte 2).

(Réplica feita às 12:54, 27/12/06)
Caro David Carneiro,

Folgo em saber da tua presença aqui no blog. Muito obrigado. Aproveito para responder, de maneira sucinta, 5 emails de amigos (Joana, Paulinho, Carlos, Mazini e Selminha) sobre o tema OP (Orçamento Participativo) no governo Edmilson Rodrigues (ER).
Vou responder a questão, numa premissa que o blogueiro Francisco Rocha Junior colocou que o ER: “agiu por muitas vezes de maneira furiosa e anti-democrática contra quem "ousou" criticá-lo”. Logo, a forma institucional do ER era autoritária porque ele evitava fazer relacionamento com todos os atores constitucionais. Então, pra dizer que era democrático criou o OP. Só que o OP é em conteúdo uma boa e apropriada idéia (!) porque é o ingresso da sociedade civil nas discussões das rubricas do estado (no caso: o município de Belém), entretanto a forma como ele foi conduzido é que fez do próprio OP uma ação imperial.
ER partidarizou tudo no OP e as emendas aprovadas nas assembléias do próprio OP que não eram partidarizadas, na grande maioria dos casos, não eram aprovadas na versão final do orçamento do município. Na verdade, o OP virou uma aparência enganadora, uma farsa, tanto é fato que nos últimos anos do governo ER não o realizou mais. Aos anônimos, quero dizer que fiz crítica sim ao Almir Gabriel, Simão Jatene e Paulo Chaves. Aliás, foram até entregues meus documentos aos próprios. Só na minha contabilidade nestes 12 últimos são mais de 50 textos. O mais recente é só ir ao arquivo do meu blog e verificar.
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Edmilson Rodrigues, o obtuso (Parte 1)
Caríssimo Márcio Almeida e demais blogueiros,

O debate esquentou entre nós blogueiros sobre a eleição de 2008. E aqui muito já se falou sobre alguns possíveis pré-candidatos.

Vou falar um pouco do meu amigo Edmilson Rodrigues.

Mesmo não tendo um amplo projeto macro de sociedade e de reforma urbana, o Edmilson Rodrigues fez um adequado governo em questões sociais, principalmente na educação, mas teve seu esgotamento por ser obtuso politicamente por 03 (três) motivos: 1) não tinha, como eu já disse, um projeto macro societário; 2) não sabia dialogar com todos atores políticos da sociedade; e 3) o seu projeto político era personalístico e ciclotímico.

Na época o próprio articulador político do governo, o sempre parcimonioso Aldenor Junior, reconhecia que faltava operação política para conseguir acordos com a Câmara Municipal de Belém (CMB) e o governo não fazia esforço mais intenso de convencimento político. Também um outro problema de Edmilson foi mesmo com a dificuldade de chegar a acordos, com seu próprio partido e com a CMB.

Aditivamente com a falta de um amplo projeto macro de sociedade e de reforma urbana, logo a principal razão dessa incapacidade de criar um projeto extenso era, também, porque Edmilson bloqueava, no sentido de dialogar, o “lavrar” legislativo, porque tinha um caráter “pouco institucional” e que optou por governar pelo convencimento direto da opinião pública no hiper-ambíguo, carcomido e partidário Orçamento Participativo e pelo exercício da sua inconstante “vontade política”, dificultando a relação com os atores institucionais, os partidos e os parlamentares.

Edmilson, por suas idéias e seu estilo de governo voluntarista e em campanha permanente, lembrava um “populismo sectário” (como bem poderia dizer Ernesto Laclau). Mas a raiz de seu problema estava na noção de imaginar que com vontade política e apoio popular, era possível governar sem a CMB, impondo-lhe as idéias que julgava necessária e que o povo demonstrou desejar ao elegê-lo.

Eu lembro que ao condenar a amplitude das alianças de Lula, de uma forma ou de outra, Edmilson acreditava que apenas sua vontade política e o apoio popular permitiam elidir a necessidade de compor uma maioria parlamentar suficiente para dar sustentação política ao seu projeto governamental.

Mas as dificuldades de Edmilson trazem uma lição considerável: na democracia, não é possível substituir a via institucional pela ação pessoal e pelo apelo ao povo. Nem é possível governar sem agir politicamente, como se a governança, não envolvesse pactos, acordos, negociações e alianças. E um governante pode fazer tudo isso sem ferir com ética: é só ter um projeto coletivo e conversar com todos atores políticos.

Parece algo fácil, mas não é se o governante não tiver vocação democrática para o diálogo.

Sem vocação democrática para o diálogo, Edmilson não atentou que a formação da maioria parlamentar é um processo difícil e, às vezes, impõe limites reais ao que um prefeito pode fazer. Certamente, há formas de obter apoio para políticas de governo, que não envolvam concessões que ágüem as propostas a ponto de torná-las irreconhecíveis ao criador. Mas, idéia de que é possível governar sem negociar e sem fazer alianças, leva rapidamente ao bloqueio político, à crise de governança e aos limites da governabilidade.

Deste modo, é indispensável uma equação política que garanta a governança e a governabilidade. Entendo assim porque, repito, a maioria dos votos na corrida pela prefeitura de Belém, não significa ter maioria para governar. A sustentação política do governo sai também de outra lógica eleitoral, que compõe a representação parlamentar. Por conseguinte, pensar a prefeitura, no presidencialismo, é também pensar na sustentação política para seu exercício eficiente e democrático.

Mesmo com todos esses problemas de sectarismo político, Edmilson é um fortíssimo pré-candidato por dois motivos: 1) passou 8 anos no governo e deixou uma marca que fez muitas coisas e em algumas coisas consideradas muito boas; 2) com o desgaste progressivo do prefeito Duciomar, paradoxalmente, pode ser um requerimento da população ao dizer: “o Edmilson fez, já Duciomar não fez nada” (isso é tão real que a atual propaganda do Duciomar tem o seguinte mote defensivo: “ele faz sim”).

É isso aí.

Aquele abraço,
Lauande.

23 comentários:

Anônimo disse...

Porra, Lauande, eu gostei desse teu texto. Assim como Alexandre, chamamos de “o grande”, ou de Ivan como “o terrível”, agora vou chamar o Edmilson de “o obtuso”. rsrsrsrsrsrsr

Anônimo disse...

Realmente sectarismo não serve pra nada. Muito bom teu texto Lauande.

Anônimo disse...

o Edmilson vai voltar pro PT e aí muda todo o quadro da eleição.

Anônimo disse...

Quem vai ganhar essa eleição vai ser o Priante porque a Ana Júlia já se rendeu ao PMDB e o Duciomar é capaz de nem ir ao 2º turno. Que vai ser entre Priante e Edmilson. Ia esquecendo a Ana Jùlia vai ficar com o Priante. Palavra de petista.

Anônimo disse...

FÉ NO POVO, EDMILSON DE NOVO !!!

Anônimo disse...

Se Edmilson é "fortíssimo" candidato, porque teve desenpenho tão sofrível nesta última eleição quando foi candidato ao governo?

Anônimo disse...

Essa eu respondo, Waldir cardoso: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A eleição era para governador e as reais possibilidades do ER eram poucas e o povo sabia disso. Mesmo assim ele teve 12% dos votos aqui em Belém. Na "hora do vamos ver",o voto útil funcionou pro PT e não por PSoL.
Eu queria colocar aqui que as teses do Lauande é de um sujeito reformista e oriundo do PCBão, portanto elas ficam sujeitas ao sentido da "direita da esquerda". O Lauande não deveria reclamar também porque o seu PPS foi beneficiado com várias secretárias no governo do Edmilson. Inclusive a SESMA e saiu-se muito mal, por sinal.
O Edmilson sim foi um sujeito aberto ao contrário do que diz o Lauande.

Anônimo disse...

Apesar da vinculação partidária do Lauande, não vi partidarismo no post. Não entendi, portanto, a razão do A. Junior dizer que "o Lauande não deveria reclamar também porque o seu PPS foi beneficiado com várias secretárias no governo do Edmilson". Percebo somente no comentário anterior um sintoma do velho problema da política brasileira, em especial da política paraense: o tratamento rancoroso dispensado aos críticos e o costume de tomar por pessoal o comentário discordante da administração ou da condução política do mandato. Em suma, a adoração e a defesa apaixonada não de uma idéia, mas de uma personalidade, como se estivéssemos falando de Remo e Paissandu.
O fato é que o governo Edmilson só durou, na realidade, dois anos: os dois primeiros do primeiro mandato. Naquele momento, as políticas públicas de alcance social (com destaque à das casas de permanência para deficientes mentais, da gestão pepessista da saúde municipal) e algumas iniciativas de recuperação de espaços urbanos (como os da Praça Waldemar Henrique e do antigo Horto Municipal, por exemplo) geraram em mim ótimas espectativas. Porém, a partir do terceiro ano de gestão, entendo que a administração Edmilson passou a equivocar-se e muito em vários aspectos. Tome-se por exemplo a macrodrenagem da bacia do Tucunduba e tem-se ali um dos maiores destes equívocos - não seria injusto, inclusive, classificá-la como engodo: vendida para a opinião pública como terminada, mas na realidade parcamente iniciada. Ademais, contrariamente ao que afirma o A. Junior (seria o ex-chefe de Gabinete do ex-prefeito? Se fosse, seria muito bom que se identificasse, para que os participantes deste blog pudessem extrair dele informações que todo cidadão gostaria de obter), concordo com o Lauande sobre a atitude voluntarista de Edmilson, que se furtou ao diálogo com os atores políticos (e não falo somente do parlamento, mas de grande parte da sociedade civil) e agiu por muitas vezes de maneira furiosa e anti-democrática contra quem "ousou" criticá-lo. Neste sentido, muitas vezes Edmilson pareceu-se mais com Almir Gabriel do que seria crível imaginar.

Anônimo disse...

Caro Lauande (tb ao Francisco Rocha Junior), concordo inteiramente com vc(s). Falo isso pq eu votei nas duas vezes pro Edmilson Rodrigues, nos dois turnos tb. Mas não tenho como negar que o perfil político dele foi de dogmatismo, doutrinarismo e sectarismo.
Nesse cenário que vc aponta eu tb concordo que há possibilidades dele ser um "fortíssimo" candidato,mas tb o Jatene e se vier com a Valéria de vice, aí a coisa pega. Sem falar no PT que agora tem uma governadora por trás politicamente das articulações.
Portanto, a eleição de 2008 já começou...

Anônimo disse...

Parabéns mais uma vez meu caro Lauande. Como percebes, entrar na seara da crítica política mexe com o sentimento provinciano de muita gente por aqui. Não se defende idéias, nem posturas politicas, se defende individuos quando muito grupos de interesse.

Votei duas vezes em ER e acho realmente tudo isso que voce escreveu! Não voto mais nele mas, pelo desempenho pífio, acho que o Duciomar será o grande eleitor dele em 2008.

Em tempo: o Lauande continua comunista mas não tem vinculação partidária atualmente.

Anônimo disse...

O Psol do Edmilson está num equívoco na leitura dos atuais fatos que estão ocorrendo no cenário político paraense e brasileiro. E, a coisa é bem simples. Esse eterno conflito entre a esquerda e a direita não vai levar a lugar algum, porque o foco da discussão não é esse. Não pode ser esse.
O jornalista Reinaldo Azevedo faz uma constatação racional ao dizer que a esquerda se comporta como se estivesse à margem da conjuntura liberal e capitalista, não está. Está inserida nesse modelo tanto quanto cada um de nós. Entretanto, como vaticina a esquerda, com sobriedade, qualquer movimento na direção de um governo socialmente justo se faz necessário no Pará e no Brasil contemporâneo. Se a esquerda vive sob a égide do capitalismo, o indivíduo liberal vive em sociedade. Logo, como também se pode constatar, o individual está subsumido ao social.
Qualquer pessoa pode observar – quer seja um sociólogo, um filósofo, um jornalista ou um administrador – que, cada vez mais, o individualismo exacerbado derrubou a individualidade das pessoas. O resultado dessa equação nós podemos verificar a cada esquina do Brasil. De Vigia (Pa) a São Paulo, das mais aquinhoadas capitais aos mais distantes grotões do país e do Pará. Mas o efeito não se encerra aí. Por isso,o Edmilson jamais vai saber o que é democracia e vai ser sempre um arrogante como sempre.

Eduardo André Risuenho Lauande disse...

Pessoal, valeu pelo debate!
Muito bom.
Duas coisas:
1) continuo dizendo que o ER é forte candidato;
2) Eu não sou mais do PPS como bem disse o meu amigo Samuel Soares. Aquele abraço.

David Carneiro disse...

Em 96, quando edmilson se elegeu, tinha alguma coisa em torno de oito anos. Não sou a pessoa mais indicada para fazer um balanço de suas gestões. No entanto, acredito que o seu governo deixou marcas importantes para a cidade, como os programs sociais e a participação popular.
A questão das alianças sempre me pareceu complexa. Ainda mais quando alguns petistas comparavam governar sem maioria uma cidade com governar sem maioria um país.
Plinio de Arruda Sampaio, por exemplo fundamentava-se em três argumentos, com os quais concordava, para dizer que era possível governar sem maioria. 1-o presidente pode vetar qualquer lei que vier do congresso/ 2- o presidente tem o orçamento à sua disposição/ 3- o presidente pode usar mecanismos institucionais de comunicação como o inserção em rede nacional ou a radiobrás.
Quando um veto presidencial foi derrubado, quando o congresso demorou mais de 3 meses pra votar o orçamento e quando se formou uma campanha midiática jamais vista contra o governo, ví o quanto os argumentos do plinio, e meus também, eram frágeis.

Agora, lauande, se você pudesse especificar mais em que a falta de articulação institucional prejudicou edmilson, não só seus argumentos seriam mais sólidos como você daria mais subsídios para o debate.

Anônimo disse...

O texto do Launde é de uma fraqueza de argumentos e de generalidades total.
Quem é um exemplo de bom governante que dialoga? Almir 19 mortos gabriel, ou Simão obra faturada Jatene?
Ah isso não importa. Claro a partir de uma visão conservadora como o Launde esta se apresentando neste blog, só podia dar nisso.
Numa hora critica o Fidel, noutra o Raul Castro e agora faz ilações que ele ouviu falar contra o Edmilson.
Launde uma sugestão. Que tal tu falares da obra superfaturada do Hangar. Ou melhor, tu achás correta a relação psdb grupo liberal e todas as suas consequencias para a comunicação e o recurso público paraense?
Falo isso, pois como vc se acusa de ser comunista, é o minimo que se espera de um camarada.
Para finalizar me responde:
1- Como conseguiu em 4 anos envolver mais de 500 mil pessoas na participação popular do governo, se ele é autoritário;
2- Se o OP era uma farsa, como fazer então? Contratar o Paulo Chaves como consultor de obras?
3- Que tal tu fazeres uma comparação entre os 8 anos do Edmilson, com os minguados 3 anos do Dudu o amplo, o que dialoga, o aberto, o democratico.

Anônimo disse...

O fato do ex-prefeito ER ser um cara arrogante, não aberto para o dialógo, não o impediu de exercer um mandato conectado com as aspirações da maioria da população de Belém. Acho q o Edmilson foi muito mal assessorado em seu final de governo sobretudo por aqueles que estavam conduzindo as obras que ficaram inacabadas. Mas o conjuto do seu legado é inegavel. acredito que se o ER tiver uma nova oportunidade de administrar Belém, ele estará mais maduro e vai rever varias atitudes que foram equivocadas em sua adminisrtração anterior, sobretudo no que tange a sua politica de comunicação e na formação das alianças politicas. Gostaria muito que o ER voltasse para o PT, pois o PSOL ja era como partido político.

Anônimo disse...

Eu também gostaria que o ER voltasse pro PT.

Anônimo disse...

Gosto do Lauande e do Edmilson. A crítica do primeiro ao segundo é perfeita, mas não o anula.
ER é sonhador, honesto, apaixonado por políticas urbanas e pelas comunidades informais, periféricas e carentes da grande Belém. Deve retornar menos obtuso, pelo amadurecimento acadêmico e principalmente pela idade.
PS: A única chance de Duciomar era o Portal da Amazônia, mas, por atropelamento doloso da legislação ambiental( não acredito em burrisse de assessoria jurídica) ele sepultou por alguns anos o início das obras. E não tem volta, os atos padecem de nulidade absoluta(insanável) em qualquer juízo.

Anônimo disse...

Gosto também do Lauande e do ER, mas acho que o Lauande foi muito duro com o ex-prefeito. Sua crítica tem sentido, é verdademas, ao chamá-lo de obtuso aniquila as outras qualidades do ER.

David Carneiro disse...

Acho que é indiscutível aqui que o Edmilson foi um grande prefeito e é um dos melhores quadros da esquerda paraense. Porém, é bom que analisemos os erros da experiência do governo do povo. Só achei injustos, de fato, os adjetivos obtuso ou populista sectário.

Anônimo disse...

Camarada Lauande,

Depois de todas estas opiniões, acho que deverias trocar o título do teu artigo para algo como: VOLTA PRO PT ED!

Anônimo disse...

Por favor, pro PT, não! Deixa ele no Psol

Yúdice Andrade disse...

No primeiro mandato do ER, trabalhei na Câmara Municipal. No segundo, fui procurador do Município. Vi muitas coisas, p. ex. a incapacidade de lidar com o Legislativo. Quando negociava acordos e obtinha suas maiorias eventuais (geralmente para aprovar o orçamento), não honrava esses acordos e enfurecia os aliados. Convenhamos, agir assim é dar tiros no pé.
Com base em minha experiência pessoal, acho que o Lauande fez uma análise adequada do ER e seu governo. Sempre repudiei a postura pessoal do ex-prefeito, arrogante, e sua aparente falta de interesse em rebater as críticas que sofria de todos os lados, especialmente do governo tucano e daquele grupo de comunicação. Como tudo que se repete à exaustão acaba virando verdade, muitas "verdades" ruins minaram ER:
1 - os "forasteiros" na Administração municipal;
2 - a fábrica de multas da CTBel;
3 - o governador como prefeito da cidade;
4 - a cidade embaixo d'água no período das chuvas (não está de novo?);
5 - as obras de 1,99 e a ausência de grandes empreendimentos;
6 - as sucessivas derrotas judiciais (mas isso tem outra explicação...).
Enfim, lamento o ocaso do governo ER. Votaria nele para prefeito. Mas gostaria que ele mudasse, a começar do pessoal. Se não, repetiremos os mesmos erros... E de erros estamos cansados. Quando eles ocorrem, farsantes de todo tipo acabam eleitos.

Anônimo disse...

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