Por ofício de profissão, ontem fiquei até tarde da noite estudando dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2003. É muito legal verificar como anda nossa educação. Apesar dos números péssimos que temos em todas as áreas da educação.
Ontem também tive acesso na Reunião da SBPC, aqui em Belém, de um estudo divulgado pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) revela aquilo que os alunos de baixa renda sentem na prática: o acesso a informática é maior nas regiões mais ricas do país. Ou seja, a inclusão digital está longe de se tornar uma realidade no Brasil, apesar dos investimentos que o governo federal tem feito nos últimos anos neste setor.
O estudo mostra que é nas escolas públicas localizadas em áreas centrais e que recebem alunos com maior renda que hoje está a maioria dos poucos computadores oferecidos aos estudantes. Quem vive na periferia está limitado a estudar apenas com livros velhos e empoeirados, guardados em bibliotecas defasadas. Fazer trabalhos no computador ou pesquisar na internet é algo que não faz parte do cotidiano escolar de milhares de meninos e meninas.
Ao analisar dados do SAEB, o estudo constatou que no grupo de alunos da 8ª série do ensino fundamental com renda familiar mais baixa, apenas 28% têm acesso a computadores. Entre os estudantes de escolas públicas com maior renda, esse percentual sobe para 67,2%. O mesmo ocorre no 3º ano do ensino médio: 37% daqueles com renda menor estudam em escolas com computador. Na faixa de renda superior, são 73,3%.
As políticas de inclusão digital implementadas pelo governo federal mais uma vez privilegiaram as escolas centrais. Apesar do sistema e acesso gratuito ter sido idealizado para democratizar a informática, ele continua beneficiando os mais privilegiados. Quem não tinha nada, permanece sem nada.
No mundo globalizado de hoje a internet parece ser uma ferramenta de trabalho corriqueira, mas não é.
O estudo mostra que no Brasil utilizar a rede mundial de comunicação ainda é um privilégio de poucos.
Apenas 2,9% dos estudantes de ensino médio e 1% dos de ensino fundamental de renda mais baixa usam a internet em locais de acesso gratuito.
No Brasil, considerada toda a população, quase 60% dos mais ricos acessam a internet. Entre os mais pobres, apenas 3,2%.
Esses números mostram que a democratização da informática no país é um sonho ainda muito distante de ser alcançado.
Ontem também tive acesso na Reunião da SBPC, aqui em Belém, de um estudo divulgado pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) revela aquilo que os alunos de baixa renda sentem na prática: o acesso a informática é maior nas regiões mais ricas do país. Ou seja, a inclusão digital está longe de se tornar uma realidade no Brasil, apesar dos investimentos que o governo federal tem feito nos últimos anos neste setor.
O estudo mostra que é nas escolas públicas localizadas em áreas centrais e que recebem alunos com maior renda que hoje está a maioria dos poucos computadores oferecidos aos estudantes. Quem vive na periferia está limitado a estudar apenas com livros velhos e empoeirados, guardados em bibliotecas defasadas. Fazer trabalhos no computador ou pesquisar na internet é algo que não faz parte do cotidiano escolar de milhares de meninos e meninas.
Ao analisar dados do SAEB, o estudo constatou que no grupo de alunos da 8ª série do ensino fundamental com renda familiar mais baixa, apenas 28% têm acesso a computadores. Entre os estudantes de escolas públicas com maior renda, esse percentual sobe para 67,2%. O mesmo ocorre no 3º ano do ensino médio: 37% daqueles com renda menor estudam em escolas com computador. Na faixa de renda superior, são 73,3%.
As políticas de inclusão digital implementadas pelo governo federal mais uma vez privilegiaram as escolas centrais. Apesar do sistema e acesso gratuito ter sido idealizado para democratizar a informática, ele continua beneficiando os mais privilegiados. Quem não tinha nada, permanece sem nada.
No mundo globalizado de hoje a internet parece ser uma ferramenta de trabalho corriqueira, mas não é.
O estudo mostra que no Brasil utilizar a rede mundial de comunicação ainda é um privilégio de poucos.
Apenas 2,9% dos estudantes de ensino médio e 1% dos de ensino fundamental de renda mais baixa usam a internet em locais de acesso gratuito.
No Brasil, considerada toda a população, quase 60% dos mais ricos acessam a internet. Entre os mais pobres, apenas 3,2%.
Esses números mostram que a democratização da informática no país é um sonho ainda muito distante de ser alcançado.
3 comentários:
Querido Laurande, depois de ler seus comentários a respeito da sua conversa com o sec. de Educação, e de ler também a "falta de democratização na inclusão digital" lembrei que haverá uma conferência na 59ª Reunião Anual da SBPC, nesta terça-feira, ao meio dia, Uma Análise Crítica do Projeto “Um Laptop por Criança”,
proferida pelo professor Valdemar Setzer, titular do departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME)
Onde o professor fará uma avaliação do programa, mostrando inicialmente que ele não é acompanhado por nenhum projeto educacional específico: a mentalidade é a de que"computador no ensino é bom, ponto final". Em seguida, são abordados dois aspectos: o local, isto é, por que ele é inapropriado para o Brasil; e o universal, válido para qualquer uso de computadores por crianças e jovens.
Segundo o professor: "Deixem as crianças serem infantis, não lhes dêem acesso a TV, jogos eletrônicos e computador!"
Infelizmente não poderie estar lá, se vc estiver participando, e tiver um tempo entre outros assuntos abordados, faça presença neste.
Um forte abraço,
Alexandre Diniz
Fonte: www.ufpa.br
Launde, leia a iniciativa da Seduc em parceria com a UFPa, utilizamdo software Livre focando a questão da inclusão digital.
Luis Cavalcante
A partir de agosto a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) dará um impulso maior à inclusão digital por meio do software livre. É que a partir deste mês começarão os primeiros testes do projeto “Boto Set Linux” no laboratório de informática da escola Almirante Guillobel, de onde será estendido para mais nove escolas da rede estadual de ensino. Os detalhes do projeto, em especial os visuais, foram decididos em uma reunião realizada nesta quinta, 12, no auditório da Seduc, envolvendo técnicos da secretaria e da Universidade Federal do Pará (Ufpa), que é parceira no projeto.
O “Boto Set Linux” é um software livre que pretende montar uma estrutura tecno-pedagógica para os computadores dos laboratórios de informática das escolas estaduais. Por funcionar através de um servidor de estações de trabalho, este soffware viabilizará o reaproveitamento de computadores obsoletos, melhorando a performance destas máquinas. “Esta é uma ação ecologicamente correta e economicamente melhor, pois não teremos que comprar novos aparelhos”, ressaltou Luís Cavalcante, especialista em informática educativa da Seduc.
A experiência com o software livre nas escolas estaduais não é uma novidade, antes era utilizado o “Boto Linux”. “Pegamos esta interface gráfica educativa e agregamos a tecnologia set, que estava sendo desenvolvida pela UFPA, o que aperfeiçoou o projeto”, acrescentou Cavalcante.
Uma das principais vantagens deste software aperfeiçoado, é que ele será instalado no servidor, e não nas máquinas, como acontecia anteriormente, o que proporcionará a sua disponibilidade para até 20 máquinas, em um mesmo laboratório. Além de facilitar a administração dos laboratórios de informática pelos monitores, pois cada aluno terá um login e uma senha, que permitirá o controle do que será acessado, e ao mesmo tempo, possibilitará aos alunos um acesso personalizado, com a garantia de que seus arquivos serão guardados. A didática dos professores também será facilitada porque os textos, vídeos e músicas, utilizados como recursos didáticos, poderão ser acessados ao mesmo tempo por todos os alunos.
Outra novidade é que toda a identidade visual do software terá característica regional, com a temática do Açaí; e as ferramentas a serem acessadas pelos alunos serão separadas de acordo com faixa etária e com os níveis de ensino infantil, fundamental e médio.
Os professores também receberão dois CD’s, um de instalação do “Boto Set Linux” e outro com ferramentas extras para facilitar o acesso aos programas. Outra idéia é promover a inclusão digital da comunidade, via software livre no programa “Escola de Portas Abertas”, que vai entrar em funcionamento em agosto.
Texto: Assessoria de Comunicação da Seduc.
Agora que o Lauande se foi ele não poderá mediar essa conversa, mas não concordo que devemos utilizar "computadores obsoletos" para promover a inclusão digital. Por que será que sempre pensamos pequeno quando é para atender a gente empobrecida? A mentalidade pobre é pior do que a condição de empobrecimento. Gente, vamos pensar grande como o Lauande: computadores novos, ágeis e potentes para a molecada da periferia. Por que não?
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