Há no blog do Afonso Klautau (http://akaamazonia.blogspot.com/) uma controvérsia com um tema que aqui no meu blog já aconteceu várias vezes: Lúcio Flávio Pinto.Um dos pontos que eu penso que teve intenso debate foi se o Lúcio deve ou não escrever no seu próprio Jornal Pessoal sobre os processos judiciais que ele padece já algum tempo.
Portanto, meus amigos, eu lanço a enquête: o Lúcio deve ou não minutar no JP sobre os processos judiciais do qual ele é réu?
13 comentários:
Lauande, boa essa tua enquête.
Poucos espaços na mídia no Pará se dispõem a criticar o próprio meio em que estão inseridos. A velha lenga-lenga do Diário do Pará só foi fogo de palha porque queria destruir O Liberal e o tucanato. Na verdade, estas mídias são incapazes de empreender uma crítica minimamente pertinente ao jornalismo produzido por estas mídias.
Há exceções a este estado de coisas, e uma delas é o JP do Lúcio, que publica artigos a respeito da mídia, proporcionando efetivamente um espaço de crítica da produção jornalística. E mantêm debates acerca do tema mídia/jornalismo que são desenvolvidos.
A outra exceção fica por conta das matérias produzidas pelos colaboradores de Caros Amigos, que de forma contundente discutem, criticam e analisam o papel da mídia e do jornalismo nos esquemas que consolidam o poder político/econômico no Pará e no Brasil. Portanto, eu sou favorável que haja sim por parte do Lúcio sempre a divulgação do que ocorre com seus processos porque eles no fundo são matérias que dizem respeito ao trames do mundo política e que o JP analisa com maestria.
Eu não gosto do Lùcio porque ele faz o jogo do PT e do Jader e virou um papo realmente azucrinante esse de ficar só falando do Rômulo Maiorana.
Claro que sou favorável. Não só a crítica dos efeitos e dos objetivos deste jornalismo praticado pelo JP deve ser empreendido, mas, mais do que isso, precisa ser mantida e ampliado numa rede de informação que se proponha a dar espaço a outras formas de pensar à sociedade e à política. Aqui no Pará só o Lúcio com seu JP que tem coragem de fazer essa oposição aos pareceres e resoluções das elites.
Dada a realidade que se nos mostra cotidianamente, tenho às vezes a impressão que aqui no Pará as cláusulas pétreas, que não se discutem, são a que garante, no artigo 220, proteção à "manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação" e a que veda "toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística", não é praticada. Mas eu quero dizer com isso, querido Lauande, que somam-se ao parágrafo 1° do mesmo artigo: "Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística". E o Lúcio luta por isso constantemente. Eu faço coro aos que já se manifestaram aqui em dizer que sou sim favorável que o JP diga o que anda acontecendo com os processos do seu editor.
Neste caso do Lùcio, amigo Lauande, sou tb favorável que ele faça sua manifestação pq, o meio de comunicação deve criar nas pessoas a mentalidade de cidadania. Ora, isso o lùcio faz e faz bem pq demonstra que ele não fica calado com atropelos autoritários dos Maiorana e do Barbalho.
Eu discordo da maioria das pessoas aqui no blog do Lauande. O Lúcio faz questão de ser chato. Quer ele é jaderista, todo mundo sabe, mas que ele ficou mais chato ao fazer campanha com contra os Maiorana, isso ficou. Todo jornal dele é pau nas ORM. Égua, vai ser chato assim lá em Santarém. Logo, ele faz questão de chato como bem disse o AK e passa vaselina quando o assunto é Jader. A Nana disse que ele pratica cidadania. Fez uma confusão doida. Porque a raiz da palavra “cidadania” surgiu do termo “civitas” (cidade), “civis” (citadino), “civitatínus” (alguém que tem civilidade). Compreende-se então que o cidadão é aquele que vive em conjunto, se organiza, organiza a cidade, se relaciona com as pessoas e cria vínculos. O quê? Cria vínculos? Égua, isso o Lúcio não faz questão porque senão ele não vende o seu xarope JP.
Eu pergunto: se ele não divulgar os problemas que enfrenta, quem vai fazer? Quem se habilita? Qual é o meio?
São mais de 10 processos judiciais decorrentes de matérias jornalísticas do próprio JP. Então?
Eu quero ler, sim, tudo o que está acontecendo com ele!
Eu quero saber, sim, qual é o papel da Justiça nesses processos!
Eu quero ser informada, sim, das armas dos "poderosos" !
Eu quero apoiá-lo, sim, em todos os momentos de sua vida !
Sabem porque? Por que sou jornalista também !
Assim como ele !
Obrigada, Lauande, pela oportunidade.
Beijos!
Respondendo de cara a pergunta do Lauande: é evidente que sou favorável. Porque quando eu vejo O Liberal e o Diário do Pará, eu observo o quanto nós estamos sendo pautado pelo servilismo. Prestação de contas. Subserviência. Seja como for, o jornalismo paraense, que se concentra em registrar o que acontece pelo mundo afora, serve de bajulação a uma gama de publicitários famintos que selecionam fatos ou mesmo os inventam a fim de servir a um único propósito, que é a persuasão ou a manipulação. Estes não estão muito preocupados com o fator da ética. O jornalismo independente do JP está sendo jogado num barranco abaixo por conta das peças judiciais dos Maiorana. Ao contrário de O Liberal e o Diário do Pará, as informações no JP não são sucintas e restritas a fim de "conceder" lugar para espaço publicitário (que já é lei em na folhas dos Maiorana e dos Barbalho).
Outra observação. Eu sou estudante de jornalismo e tenho estudado muito o período do governo Barbalho entre 1987 a 1991 e posso garantir que o JP foi mais ácido e contundente jornal nesse período, até O Liberal foi mansinho como Jader. Quem tiver dúvida do que estou escrevendo é só passar lá no 3º andar do CENTUR e consultar os arquivos do próprio JP. Acontece que o Afonso Klautau e seu amigo Orly Bezerra são publicitários e fazem com que essa história se propague de forma sincronizada que o Lùcio é jaderista. Aliás, quem foi, não sei se é ainda, é o Jatene. Ele queria em todos os momentos uma aliança com o Jader, mas o birrento do Almir não queria.
Caro Josué, eu gosto do Lúcio, acho-o um bom jornalista, mas só ele não percebe a sua imensa vaidade, a sua idéia fixa nos Maiorana e o seu auto-endeusamento. E é Jaderista também. É um caso de transferência psicológica, ele se diz humilde e imparcial, mas só alcança o próprio umbigo. Será que ele já parou para pensar nos outros jornalistas que também vivem um corre-corre diário, "matando um leão a cada dia" e nem por isso justificam os erros de ortografia e a falta de assunto pelo pouco tempo de que dispõem? Ou isso é prerrogativa pessoal de LFP? Existem vários jornais alternativos que se sustentam, sim, com publicidade, e o Lúcio posa de vestal porque não aceita anúncios, mas seus amigos ricos vivem fazendo vaquinha para pagar as despesas do Jornal Pessoal, alimentando sua vaidade. E isso é mérito? Ó Afonso tem razãom, as respostas de LFP foram evasivas e nada esclarecem. Por que diabos, ao invés da lenga-lenga "consulte a coleção do JP" ele não diz logo o que é?
Eu chego ao fim de minha longa jornada de professor da rede estadual acreditando com mais força que a qualidade do jornalismo paraense e a qualidade da democracia no estado estão inextricavelmente ligado. E se nós hoje temos um Lúcio Flávio Pinto como um sujeito independente é porque ele pautou sua vida pela seriedade e ajudou a democracia aqui neste estado porque senão nem jornalismo nós não teríamos. Ao contrário do que disse o Constantino, quem mais lutou contra o Jader no período que ele foi governador, foi o próprio Lúcio Flávio. Até ameaça de morte teve. Acontece que tucanos e petistas nos últimos anos, alternaram o poder, e nunca gostaram da independência jornalista do Lúcio. Só uma perguntam: “quem é mais jarderista: Jatene ou Ana Júlia?.
O Lúcio, em particular, comporta-se como um macaco em loja de louças. Depois fica em um morde e sopra com o Jader, mas ele realmente só quer saber de exercer seu poderzinho de jornalista vaidoso e fazer andar sua agenda conservadora.
Vi que tentam impingir ao LFP a fama de jaderista. E se for? Qual é o problema? Como alguém ai embaixo escreveu, vejam as críticas que ele fez ao Jader no primeiro e segundo governos. Romulo Maiorana o demitiu a primeira vez por pressão do próprio Jader, ofendido pela cobertura do escândalo Aurá.
Eu acho que sim porque só assim eu sei o que ele anda sofrendo com tantas injustiças. Além do mais, quando um jornal publica o artigo de seu proprietário, subentende-se que há algo a ser dito que vai além da linha editorial. Algo mais humano, que precisa vir assinado para conferir um quê de super importância. Isso tem no JP. Eu gosto disso que ele faz e fazer jornalismo independente e com opinião não é algo fácil, mas quando engrena, é gratificante. Assim é o Lúcio com seu JP.
Postar um comentário