10 de julho de 2007

Otimismo do Mário Cardoso - parte 01

Semana passada eu jantei com meu amigo Mário Cardoso. Fui um papo que esclareceu várias questões que eu já tinha feito ao nosso secretário de educação.

Uma das que o Mário Cardoso quer é fazer com que melhorar a educação é investir naquilo que realmente funciona. Ultimamente ele tem insistido em vários projetos que já deram resultados.

Segundo o Mário Cardoso, pesquisas nacionais e internacionais comprovam que investir em curso de treinamento para professores, reduzir o número de alunos por sala de aula, aumentar salário de professor e garantir maior investimento financeiro em educação, trazem resultados estatisticamente medianos.

Porém, Mário Cardoso acredita também que investimentos em educação devem fazer parte de planejamentos a médio e longo prazo. Todo e qualquer projeto respeitável na área demanda estudo e rumos claramente definidos antes de sua implementação.

Mário Cardoso afirma e tem razão ao ressaltar que medidas elementares podem dar resultados melhores para o trabalho em educação do que projetos "pirotécnicos", dotados de recursos avançadíssimos e que tenham altos custos.

Ao pensarmos em medidas elementares, o secretário de educação suscita um debate que devemos ressaltar que se tratam de alterações simples e que estão ao acesso de todas as escolas, como por exemplo, o estabelecimento de grupos de estudo orientados para o exame das condições locais da educação formados pelos professores e que poderiam agregar a participação de membros da comunidade, a revitalização dos acervos das bibliotecas escolares ou municipais com campanhas de doação nas cidades, a realização de projetos interdisciplinares que reúnam os alunos para pesquisar e aprender a partir da realidade de suas regiões no estado, a criação de grupos de discussão sobre a gestão das escolas em que se reúnam diretores, professores, funcionários, pais de alunos...

Quanto aos projetos caros, Mário Cardoso não acha que essas possibilidades ou recursos possam ser simplesmente descartados e esquecidos, nem acredita que sejam apenas "perfumaria" ou que não possam ter alguma eficácia. Ele acredita que é necessário pensar nos mesmos enquanto recursos, verificando suas possibilidades e antevendo de que forma poderiam e se deveriam ser integrados aos projetos educacionais.

Mário Cardoso conclui que continuar simplesmente trazendo essas "inovações" para a sala de aula sem que reflitamos sobre as mesmas com inteligência pedagógica nos condenará a apenas continuar gastando os parcos recursos disponíveis sem que resultados consistentes surjam...

De minha parte, eu penso que esta linha raciocínio do Mário Cardoso é correta.

Um comentário:

AS FALAS DA PÓLIS disse...
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