26 de janeiro de 2007

Os japoneses tudo criam ou copiam?

Vi ontem uma interessante e ilustrativa discussão entre dois amigos sobre a participação do Estado na promoção do desenvolvimento especialmente no que diz respeito à contribuição do governo japonês na implementação da indústria automobilística japonesa.

Li isso recentemente nos relatórios da FIESP e aqui no blog relembro que a indústria japonesa do pós-guerra venceu etapas do desenvolvimento simplesmente copiando o produto já desenvolvido nos EUA e na Europa e isto não foi só na indústria automotiva, mas em todos os ramos industriais inclusive no de eletro-domésticos. Assim, os produtos da indústria eletrônica japonesa nas duas primeiras décadas do pós-guerra eram considerados de qualidade inferior e empresas que hoje são muito conceituadas como a Sony nasceram no tempo em que os japoneses copiavam tudo e seus produtos tinham duvidosa qualidade. Fenômeno semelhante ocorreu com a indústria eletro-eletrônica coreana até que marcas como a LG e a Samsung viessem a se firmar internacionalmente.
Mas certamente não seria possível iniciar a indústria eletro-eletroeletrônica japonesa sem uma consolidada base tecnológica e industrial que eles desenvolveram desde o início do século XX. O "toyotismo" nasceu no pós-guerra quando a indústria automotiva japonesa se estruturava em consonância com a reversão conceitual sobre a produção japonesa não só de produtos eletro-eletrônicos como, também, de produtos da indústria de materiais elétricos pesados tais como transformadores, disjuntores, geradores, turbinas, etc. Poder-se-ia dizer que o "toyotismo" foi o modo japonês de aplicar o "fordismo" e o "taylorismo" às condições particulares daquele país no período de estruturação da sua indústria automotiva.

Assim, o Japão consolidou seu desenvolvimento exportando produtos cada vez melhores, confiáveis e mais baratos e nestas últimas quadro décadas consolidou o seu desenvolvimento baseado em saldos da balança comercial crescentes. O "toyotismo" que melhorou e barateou o carro japonês teve como repercussão a possibilidade da indústria automobilística japonesa penetrar no exigente mercado interno americano , ameaçando pela primeira vez as três grandes indústrias americanos deste setor. Foi assim que a Ford, a General Motors e a Chysler tiveram de reformular a concepção dos seus carros para poderem concorrer com os japoneses e europeus. Os enormes carrões americanos com motores que consumiam muita gasolina dos anos 60 e 70 e tiveram suas dimensões e pesos gradualmente diminuídos e racionalizados para enfrentar os carros japoneses alemães, franceses e italianos. (Os suecos tiveram sua faixa própria no mercado americano).

Mas, voltando ao cerne da discussão, tudo isto não teria sido possível não fora a política do governo japonês de incrementar o setor exportador como tábua de salvação da economia daquele arquipélago de origem vulcânica e que escassamente pode servir à produção agro-pecuária. O comércio externo foi a mola propulsora da pujante economia japonesa de hoje em dia como resultado de uma política estatal que apostou na única via capaz de restaurar o Japão do desastre da guerra findada em 1945 e que pôs fim a outra filosofia de desenvolvimento nipônico calcado no imperialismo como política de governo.

Vou parar por aqui e manhã eu escrevo mais...

5 comentários:

Anônimo disse...

Atenção Lauande e demais blogueiros. A chefe de gabinete do Dudu, Silvia Randel, acabou de ser exonerada. Fica no lugar dela, o administrador Elton Braga, que era assessor de confiança dela e ex-candidato a deputado federal pelo PTB. O motivo da exoneração foram as consequências da denuncia feitas pelo presidente da ong ACRIMAT (Associação Criança, Idoso e Meio Ambiente e Transparencia), professor Jorge Luiz da Costa Pereira, ao Ministério Público Federal, de que Silvia Randel havia induzido a erro o MPF, ao esconder de que a empresa que fez a plotagem nos carros doados pelo Miunistério da Saúde, e que foram utizadaos na Gurada Municipal era d epropriedade dela. Segundo o autor da denuncia, será renovado o pedido de liminar, visando a perda do mandato do prefeito Dudu.

Carlos Barretto  disse...

Caro amigo

Agradecemos o link ao Flanar. Estaremos retribuindo assim que possível. Peço-lhe apenas corrigir o link que está como "Oliver do Flanar" para apenas Flanar.
Desde já agradecemos.

Flanar

Anônimo disse...

E aí cara? Veja só onde fui te achar.
Pelo Blog efetivamente continuas comunista. Só um comuna usa textos imensos para dizer qq coisa.
Primeira provocação: a partir de agora textos curtos e muitos links. Assim vc irá sentir pulsar a Revolução através deste Blog.
Grande abraço

Raulino Oliveira

Anônimo disse...

Diario do Pará Manda Bala:

Família em pânico
Conhecida senhora da sociedade paraense, com mais de 70 anos, está colocando em polvorosa sua família. Por uma razão no mínimo extravagante. Tudo por causa da leitura do sucesso editorial “O Doce Veneno do Escorpião”, de autoria da ex-garota de programa Bruna Surfistinha, na qual a mesma conta em detalhes picantes sua atividade no mundo da prostituição.

Memória indiscreta
Acontece que hoje a provecta senhora acredita que poderá concorrer, com igual ou até maior sucesso, também contando suas memórias na prostituição da alegre Belém dos anos 50. Nesse período, conheceu famoso e bem sucedido mafioso contrabandista, com quem posteriormente casou. Ela então abandonou a prostituição, ele deixou de lado o contrabando e ambos ingressaram no mundo dos negócios - inclusive o da comunicação.

Bruna em Belém
Ghost writer sondado pela ex-surfistinha paraense para escrever o livro está impressionado com a memória da quase anciã, que guarda e relata os fatos com detalhes de sua intensa atividade sexual, citando nomes de clientes e episódios escandalosos com personagens muito conhecidas à época e algumas ainda vivas. A preocupação da família é que, além da insistência com o tal livro de memórias, a pré-autora diz que não abre mão de trazer a Belém sua jovem colega Bruna para a noite de autógrafos.

JOSE MARIA disse...

Meu caro Lauande.

E por falar em IDESP, a quantas anda sua recriação?
Depois da reunião no Auditório do ex-IDESP, a página do IDEPA na Internet ficou imóvel.