3 de junho de 2007

O aquecimento global está em curimã

Mesmo com muitas divergências, o assunto aquecimento global está em curimã, diria meu amigo Jorge Cunha. Ou seja, em voga.

Jacob Gorender, marxista histórico, lembra que o tema aquecimento global do jeito que vai é uma matéria que pode ser equivalente ao da luta de classes.

Eu entro neste debate porque realmente desde que o homem começou a sentir na pele, literalmente, os efeitos de séculos de destruição ao meio ambiente - com o desequilíbrio climático estão acontecendo invernos e verões mais rigorosos, temperaturas extremas e inesperadas - ele parece ter despertado para a necessidade de agir e reverter o processo. Surgiu então a preocupação com o aquecimento global, um processo certo e contínuo de uma lenta e gradual autodestruição do planeta. As previsões dos estudiosos, que agora se debruçam sobre o problema com angústias ainda maiores, não são nada otimistas.

Segundo a ONU, a verdadeira crise da migração, o aquecimento global vai criar pelo menos 1 bilhão de refugiados até 2050, porque a falta de água e as deficiências de safras expulsarão as pessoas das suas casas, desencadeando guerras pelo acesso a recursos. Os cientistas prevêem que as temperaturas médias vão subir entre 1,8 e 3 graus neste século por causa das emissões de gases do efeito estufa causando, em conseqüência, inundações e ondas de fome.

Eu li no site da ONU que o Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática é mais assustador: até 2080, estima que 3,2 bilhões de pessoas - o que significa um terço da população do planeta - enfrentarão escassez de água e até 600 milhões viverão com escassez de alimentos. Obviamente as populações dos países mais pobres e em desenvolvimento são as que mais sofrerão com a falta de ajuda.

Mas os países ricos não estão imunes, pois é lá que as populações deslocadas irão procurar abrigo, emprego, comida... Além disso, o fluxo de migrantes forçados não será um movimento pacífico. Haverá conflitos, guerras, morte. Os refugiados climáticos têm tudo para se tornar um problema mundial.


Algo mais que alertas e iniciativas de pesquisadores precisa ser feito imediatamente. Governantes precisam acordar, se unir, tomar medidas drásticas para reverter o processo de aquecimento global.

É um problema que precisa ser encarado por todos, sem pensamentos egoístas. Muito se fala e ainda muito pouco se faz. A natureza não espera.

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