7 de agosto de 2007

ATO PÚBLICO CONTRA A VIOLÊNCIA


Moradores do Conjunto Mendara (onde ocorreu o violento assalto contra Lauande e Debora)estão se mobilizando para está noite às 19hs realizarem um ato público contra a violência. Este será realizado na entrada do Conjunto na rua K, em frente a rotatória. A coordenação do evento solicita que as pessoas vistam branco para de forma emblemática conclamar a paz. Esta é uma boa oportunidade de ação do Movimento Lauande Vive.

Abraços fraternos.

Carlos Farias

3 comentários:

Unknown disse...

Carlinhos,

Quando for possível, compartilhe e relate um pouquinho aqui no blog, como foi esta passeata, está bem? Assim, nós - que não participamos deste primeiro Ato do Movimento Lauande Vive - poderemos nos integrar, mesmo que virtualmente, a essa ação cidadã e de protesto à violência.
Abraços,
Nely

Anônimo disse...

Nely, valeu os comentários das postagens. Porém quem és? É legal saber quem és. Tuas falas são belas, me falta teu olhar!

Anônimo disse...

Meu Prezado Carlinhos,

Emprestando as palavras de meu caríssimo amigo Alencar, digo-lhe : _ Obrigada pela parte que me toca! Gratíssima pelas palavras gentis e generosas, tá bom?

Bem, li esta sua mensagem na metade da manhã de hoje (08/008/07). Fiquei o resto do dia ‘matutando’: _ Mas que pergunta difícil ele fez: "_ Quem És??"

Por isso, fiquei até agora imaginando o que eu poderia (ou deveria) responder para você?

Sabe, meu caro, é sempre mais fácil responder: _ Como você está? O que você faz? Onde você anda?

Então, para tentar lhe responder tive que passar esse tempo todo perguntando a mim mesma, afinal quem eu sou?

Em minhas divagações sobre sua pergunta, comecei a refletir sobre quem era o nosso amigo Lauande.

Veja só, em seu blog ele se definiu como: “41, casado, sociólogo, professor, comunista, produtor rural e bicolor”. Foram basicamente seis atributos que ele elencou ou considerou relativamente suficientes para defini-lo. Todavia, note que curioso, desde sua partida inúmeros amigos e amigas, inclusive eu, têm escrito sobre as diversas faces, os incontáveis atributos, as características pessoais, as preferências e os traços do modo ser dele. Acredito que quanto mais pessoas escreverem sobre “quem era o Lauande”, descobriremos novas preferências, novos interesses, novos traços de personalidade e novos matizes do temperamento desse nosso amigo.

Então, deduzi que somos tão vastos, tão variáveis, tão diferentes quanto podem ser ou são os nossos relacionamentos, as nossas interações sociais, os nossos encontros humanos. Posto que, cada uma das pessoas com quem contatamos - de forma breve ou longa, de modo amistoso ou não, de forma amorosa ou adversária, de modo leve ou denso - poderia dizer quem somos, a partir da percepção individual de cada uma delas. Pois, como me disse um caríssimo amigo certa vez: “Assim o é, se assim lhe parece”.

Enfim, somos pessoas tão variáveis, quanto podem ser as milhares de formas como interagimos com as pessoas em nosso dia-dia, sejam elas amigas ou inamigas.

Portanto, observei que o olhar que lançamos sobre nós mesmos, quanto aquilo que somos (ou o que achamos que somos), pode tornar-se muito estrito e limitado, ante tudo que podemos “SER” sem saber, em razão do olhar do outro(...).

Mas, eu precisava lhe responder algo sobre quem sou. Aí continuei minhas divagações.

Foi então que lembrei de uma crônica da Martha Medeiros que começa dizendo o seguinte:

“A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida, os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam”.

Ela continua dizendo:

“(...) Eu sou outono, disparado. E ligeiramente primavera. Estações transitórias. Sou Woody Allen. Sou Lenny Kravitz. Sou Marilia Gabriela. Sou Nelson Motta. Sou Nick Hornby. Sou Ivan Lessa. Sou Saramago. Sou pães, queijos e vinhos, os três alimentos que eu levaria para uma ilha deserta, mas não sou ilha deserta: sou metrópole.”.

Com isso, passei a listar o que gosto. Pois bem, aprecio tantas coisas e tão variadas que a tal lista não parava de crescer. Logo percebi que não seria oportuno seguir essa linha de raciocínio.

Por fim, tive uma idéia para tentar responder a sua instigante, inusitada e desconcertante pergunta: _ Há um caminho que sempre achei mais fácil trilhar quando queremos nos definir, nos direcionar e nos orientar. É um caminho para o auto-conhecimento, que nos indica claramente:
O que não queremos;
O que não gostamos e
O que não somos.

Assim sendo, sendo assim:
Não quero viver sem amar.
Não gosto da intolerância e,
Não sou permanente!

Quem sou?

Sou esta pessoa que lhe desvelei agora. Simples assim!!

Além disso, agora que interagimos por este meio virtual, também serei tudo aquilo que seu olhar lhe revelar. Assim como Lauande foi e sempre será tudo aquilo que nós todos vimos nele.


Um Amistoso e Fraterno Abraço,
Nely