4 de janeiro de 2007

Gordo? Eu?

A minha esposa me chama de “fofo” e a minha mãe diz que eu sou: “um pouco esbelto”. Todavia, anteontem meu médico disse que eu estava gordo. Confesso que fiquei estarrecido. Perguntei logo: "Gordo? Eu?". Fui na balança e olhei: 85 quilos. Ainda por cima tenho apenas 1m 61cm. É: realmente estou gordo!!! Foi a minha constatação óbvia. Depois pensei: não sou o único! Que consolo, hein?

Pois é. Li ontem nos jornais que pesquisas feitas no Brasil e em outros países apontam que a obesidade já é um problema em nível mundial, com as crianças engordando mais que os pais. As estimativas são de que no Brasil existem aproximadamente 6,7 milhões de obesos entre a população de 6 a 18 anos. Entre os anos de 1975 e 1997, o número de crianças e adolescentes acima do peso ideal aumentou de 3% para 15%. Neste mesmo período, o número de homens adultos gordos passou de 3% para 7%. Entre as mulheres o crescimento foi de 8% para 13%.

Li isso nos dados também inseridos no chamado "Projeto Escola Saudável", da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e em vários outros documentos de outras instituições encaminhados aos ministérios da Saúde e da Educação, como num alerta geral para o problema. A Organização Pan-americana da Saúde aponta que no Brasil a obesidade infanto-juvenil cresceu 240% nos últimos 20 anos. O país - e os números mostram-, segue o caminho dos Estados Unidos onde, estima-se, a população inteira estará gorda em 30 anos.

Li também que mesmo timidamente, diante da amplitude da obesidade brasileira, o governo, que paga a maior parcela para compra da merenda escolar servida em estabelecimentos do ensino da rede pública, incluindo creches, tem incentivado a contratação de nutricionistas pelos Estados e prefeituras. Por iniciativa própria, já é razoável o número de escolas particulares que tomaram a iniciativa. Pouca fruta e verduras, ingestão excessiva de gorduras e não tomar o café da manhã, foram quadros constatados em muitas delas para aumentar a obesidade.

Porém, a maioria com o hábito de se alimentarem bem mais fora das salas de aula, de modo especial assistindo a TV. A preocupação está centrada nos adultos, que com péssimos hábitos alimentares acabam servindo como exemplos condenáveis quanto à saúde dos filhos, que os imitam. Quando os pais dão o bom exemplo, as crianças se alimentam de maneira muito mais saudável, considerando-se que à mesa tenham um cardápio recomendado. Guloseimas e frituras -, servidos em cantinas das escolas e ingeridos sem nenhum critério e a qualquer hora, são um veneno para o organismo.

Presume-se que tal descontrole alimentar fará com que a média de idade de adultos diabéticos caia de 40 anos para 30 anos. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, basta dizer que os serviços de saúde pública do Brasil gastam hoje R$ 1,4 bilhão para tratar doenças que estão diretamente relacionadas com a obesidade, incluindo aí o colesterol alto. E tudo isso sai do bolso do contribuinte, obeso ou não.

E eu? Quero diminuir apenas meu peso e meus 480 de colesterol. Será que eu consigo?

Aquele abraço,
Lauande

15 comentários:

Anônimo disse...

ahahahaha...Gordo? O professor Lauande? ahahahaha...tem outro adjetivo parecido com gordo?
É gordo mesmo...ahahahah

Anônimo disse...

não vejo o espanto eduardo, pois desde que eu te conheço acho que pesas 85kls, e ainda bem que tens 85kls com 1,61m, pois se fosses um pouco mais esbelto imagine o trabalho que tia Debora teria.
agora de fato esses dados colocados são muito importantes para Repensarmos a alimentação de nossos filhos e refletirmos que em um país onde a miséria já é cotidiana, quem impera são os gordos.
saudações azulinas

Anônimo disse...

Dudu, tu és não és gordo, tu és lindo. Tua tia de sempre.

Anônimo disse...

Ei, Lauande, tens que fazer caminhada uma vez por dia e aí tu vais diminuir teu colesterol. Agora se ficares numa vida sedentária, aí não tem jeito...beijos..

Anônimo disse...

Oi, Lauande, já que o tema é excesso de fofura, aproveito para deixar um forte abraco e te cumprimentar pelo blog, que me tem sido útil para ver o que tem rolado nesta nossa terra querida. Para o bem e para o mal.

Anônimo disse...

Lauande,
O Ancelmo Gois, se ler teu artigo, dirá como a Débora: "não é fofo?".
Enquanto eu, como a maioria dos homens, engordei meus quilinhos depois que casei (separei e os mantive a base de geladas). Acontece que, lá pelos meus idos de adolescente, uma prima muito perspicaz, profetizou que para eu ser magro deveria engordar uns vinte quilos. Não deu outra. A profecia se realizou e eu continuo magro agora com meus 65 quilos não muito bem distribuidos em 1,65m.

Unknown disse...

Vê se te consola: 125 kls em 1,73...ahahaha.
Em compensação meu colasterol é 100.
Abs

Eduardo André Risuenho Lauande disse...

Puzt, estou mais animado: o Juvêncio mostrou que um gordo pode ter um colesterol abaixo de 200.
Vou tentar seguir o conselho da minha dileta aluna Patrícia e agradecer a gordura que a Júlia disse que eu tenho..ahahahah
Ao Rafa e ao Melque meus abraços e as bonitas Beth e a (sumida)Claudia mando aqui beijos.

Anônimo disse...

Égua Lauande, tu também foste ao médico? O resultado é isso, ficamos gordo.
Olha na campanha estava com 89kg, comprei um esteira e agora estou com 85kg, isto é, não vi nada mudar, em vez de dizer que perdir 4kg, é melhor dizer a quantidade de cerveja que deixe de beber(que desperdício)acho que foi umas 30 grades.
Vai no endocrinologista que ele resolver isso rápido.
Ah! temos que tomar uma antes e comer um queijo do marajó.
Boa sorte na tua dieta e caminhada.

Anônimo disse...

Amigo Lauande, se estás gordo ou não, nunca deixe de beber suas famosas geladas nas sextas no Copa 70. Tá provado beber faz beber porque o sujeito fica alegre e dimuine a tensão e a diminuição da tensão abaixa o colesterol. Viu, então, beber faz beber pra baixar o colesterol. Manda esse teu médico tb beber e que ele vai saber o que é o bom da vida.

Anônimo disse...

ah! sim, tem mais um do movimento estudantil o humbertinho, presidente a UMES em 1985, vai assumir o PROCON, formando em direito e professor da disciplina direito do consumidor em São Paulo

AS FALAS DA PÓLIS disse...

O imperialismo do padrão estético, confunde-se muitas vezes com a relativa preucupação com nossa saúde. COntudo, estudos americanos comprovam que uma parcela siginificativa da população "um pouco acima do peso" consegue manter qualidade de vida, saúde e disposição física.

Como sei que bebes pouco, andas pra caramba à pé pela falta de carro e não fumas, imagino que devas fazer/manter o estilo de vida que optares, pois se não ficares sentados como vamos poder ter o deleite de lê-lo!

AS FALAS DA PÓLIS disse...

O imperialismo do padrão estético, confunde-se muitas vezes com a relativa preocupação com nossa saúde. COntudo, estudos americanos comprovam que uma parcela siginificativa da população "um pouco acima do peso" consegue manter qualidade de vida, saúde e disposição física.

Como sei que bebes pouco, andas pra caramba à pé pela falta de carro e não fumas, imagino que devas fazer/manter o estilo de vida que optares, pois se não ficares sentados como vamos poder ter o deleite de lê-lo!

seesmacko disse...

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Anônimo disse...

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