16 de junho de 2007

A minha campanha pela Paz no Iraque

Esta semana eu vi esta foto acima de uma bela iraquiana socialista que pecorre o mundo pregando a paz no seu país e pede que todos no planeta faça sua adesão.

Como pedido desta fêmea é uma ordem, este Blog vai fazer, como sempre, sua campanha pela Paz no Iraque. Não eu consigo imaginar que por média morrem 35 pessoas por final de semana e o mundo fica retraído diante de tanta barbárie.

Ontem eu observei que o governo americano descobriu que sofre de "síndrome do Iraque". Por mais que tente, não consegue convencer ninguém de que não prepara uma ação militar contra o Irã.

Os gatos estão escaldados com o que houve em 2003: Saddam não tinha armas de destruição em massa nem era aliado da Al-Qaeda, motivos alegados para a invasão.

O que os assustados gatos escutam são os tambores de guerra: quarta-feira, o presidente Bush se declarou convencido de que setores do governo iraniano fornecem a insurgentes no Iraque armas que estão matando americanos.

Ele tomou o cuidado de negar qualquer intenção de sair da esfera diplomática, mas prometeu proteger os soldados. Esta é a frase que preocupa.

Primeira razão: encalacrado até o pescoço no Iraque, como o Pentágono poderia abrir uma nova frente de luta? Segundo a Folha de São Paulo, somente se lançasse mão de forças aeronavais com armas pesadíssimas - um segundo porta-aviões com seu grupo de batalha já foi enviado ao Golfo Pérsico. Um ataque militar, todavia, teria conseqüências catastróficas para o Oriente Médio. Quem poderia prever o que aconteceria se em vez de um país, o Iraque, fossem dois mergulhados no caos?

Segunda razão: teme-se pela consistência dos argumentos de Washington. A primeira denúncia sobre o envolvimento do Irã foi feita numa entrevista em Bagdá em que os oficiais americanos exigiram anonimato. Bush, quarta-feira, se disse convencido, mas, na véspera, o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Peter Pace, declarara, textualmente: "Está claro que iranianos estão envolvidos (nos ataques a americanos no Iraque) e há materiais provenientes do Irã. Mas eu não diria que o governo iraniano claramente sabe ou é cúmplice disso".

Terceira razão: a retórica de Washington poderá afugentar aliados de extrema utilidade para justamente dissuadir o regime iraniano de qualquer aventura, seja no Iraque, seja na área nuclear.

O mundo precisa deixar claro que não apoiará outra aventura militar. Cabe à comunidade internacional pressionar contra ações unilaterais e lutar por decisões de consenso, porque esse Bush vai fazendo suas barbáries.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pô, Lauande, como uma mulher dessa pela causa da paz, eu entro na hora. Viva as iraquianas!

Anônimo disse...

Eu também com uma mulher dessa eu quero entrar na causa dela.