Pessoal, vejam uma correspondência do meu amigo Dênis Sampaio sobre o drama de um cadeirante em Belém.
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Fala, Lauande,
Deixa eu te relatar um episódio urbano que ocorreu ontem e que me deixou muito puto da vida. Por volta das 10h da manhã, no ponto de ônibus localizado na Av. Tamandaré, próximo a Pe. Eutíquio (ao lado da loja Esplanada), um jovem cadeirante de nome Paulo (portador de necessidade especial - paraplégico), estava padecendo, sob o sol, na beira do asfalto (as calçada, por serem altas e não possuírem rampas, não dando condições à sua locomoção).
Ele estava tentando apanhar, sem sucesso, um ônibus da linha Jibóia Branca, pois já haviam passado dois ônibus da linha e não pararam, foi quando as pessoas em volta perceberam a lamentável situação e num ato misto de indignação, preocupação e solidariedade se aproximaram (inclusive eu e minha companheira Jane) ao rapaz.
Ficamos em sua volta e indignados com o fato comentávamos a falta de respeito. Enquanto isso, nem sinal do próximo coletivo. O sol ardia em nossas cabeças e costas (não há abrigo no ponto) e já éramos cerca de cinco pessoas, mas ninguém arredou o pé.
Foi quando já se passavam quase uma hora, que surge o terceiro ônibus (Nº de ordem AF 96811). Finalmente o veículo parou, carregamos o jovem em sua cadeira e o colocamos no veículo, pois não se tem notícia que existam ônibus adaptados na RMB. Em seguida descemos e ficamos observando o aceno de agradecimento do rapaz.
Naquele momento pude perceber que, apesar das agruras sofridas no dia-a-dia para locomover-se, ele poderia sempre contar com a anônima solidariedade humana.
Porra! Enquanto isso a prefeitura faz ouvido de mercadora, as políticas públicas passam longe dessa realidade, os motoristas desforram seus estresses nos passageiros e os empresários continuam ávidos de reajustes tarifários.
Lauande, gostaria que esse fato fosse combustível para um debate acerca da discriminação sofrida pelos deficientes, idosos, crianças, miseráveis...que têm de utilizar coletivos na cidade.
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Fala, Lauande,
Deixa eu te relatar um episódio urbano que ocorreu ontem e que me deixou muito puto da vida. Por volta das 10h da manhã, no ponto de ônibus localizado na Av. Tamandaré, próximo a Pe. Eutíquio (ao lado da loja Esplanada), um jovem cadeirante de nome Paulo (portador de necessidade especial - paraplégico), estava padecendo, sob o sol, na beira do asfalto (as calçada, por serem altas e não possuírem rampas, não dando condições à sua locomoção).
Ele estava tentando apanhar, sem sucesso, um ônibus da linha Jibóia Branca, pois já haviam passado dois ônibus da linha e não pararam, foi quando as pessoas em volta perceberam a lamentável situação e num ato misto de indignação, preocupação e solidariedade se aproximaram (inclusive eu e minha companheira Jane) ao rapaz.
Ficamos em sua volta e indignados com o fato comentávamos a falta de respeito. Enquanto isso, nem sinal do próximo coletivo. O sol ardia em nossas cabeças e costas (não há abrigo no ponto) e já éramos cerca de cinco pessoas, mas ninguém arredou o pé.
Foi quando já se passavam quase uma hora, que surge o terceiro ônibus (Nº de ordem AF 96811). Finalmente o veículo parou, carregamos o jovem em sua cadeira e o colocamos no veículo, pois não se tem notícia que existam ônibus adaptados na RMB. Em seguida descemos e ficamos observando o aceno de agradecimento do rapaz.
Naquele momento pude perceber que, apesar das agruras sofridas no dia-a-dia para locomover-se, ele poderia sempre contar com a anônima solidariedade humana.
Porra! Enquanto isso a prefeitura faz ouvido de mercadora, as políticas públicas passam longe dessa realidade, os motoristas desforram seus estresses nos passageiros e os empresários continuam ávidos de reajustes tarifários.
Lauande, gostaria que esse fato fosse combustível para um debate acerca da discriminação sofrida pelos deficientes, idosos, crianças, miseráveis...que têm de utilizar coletivos na cidade.
Um forte abraço,
Denis Sampaio.
2 comentários:
Bonito depoimento. Pode ser em Belém ou em Paris, um cadeirante sempre sofre pela falta de auxílio. Triste humanidade!
Lauande, sobre isto te digo que além da intolerancia de alguns cidadãos há uma larga omissão dos gestores da cidade...
Vou te mandar umas imagens inacreditáveis...
Abraços!
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