31 de julho de 2007

Memórias das Travessuras de um Menino.

Quem conviveu com Lauande, sabia bem de suas travessuras e meninices. Sim, meus caros amigos e amigas do Movimento, além de brilhante sociólogo, profícuo pensador, escritor voraz, ativista político, ele também era um garoto muito peralta! Capaz de pregar as maiores peças nos amigos. Aqui transcrevo um trecho do depoimento que recebi de Dario, seu cunhado, amigo, irmão e companheiro de boas e grandes traquinagens:

“(...) Conversávamos diariamente, por vezes era surpreendido no meio do trabalho por uma ligação dele que não dizia nada (ou dizia tudo?), mandava um enorme palavrão (VAI TE F......) e desligava em seguida antes que eu pronunciasse qualquer palavra. Sabia que era uma forma de dizer que estava com saudade (que louco amigo hein?).

A casa dele está tomada pelos amigos, ontem estive lá. Não param de chegar amigos, cada um com uma passagem sacana vivida ao lado deste louco e iluminado torcedor do paysandu. Estes encontros improvisados tiveram início logo após o cemitério, a casa da Milene (irmã) foi o palco. Levamos cerveja, tocamos música, choramos e rimos muito, como, na verdade, era seu desejo. Onde esteja tenho certeza que devia está vibrando pela quantidade de amigos reunidos. Guedes, Jordy, Júnior, Melque, Burlamaque, Carlinhos, amigos do partido, da rua, parentes, enfim todos numa sintonia plena no único propósito de tentar atenuar a dor da ausência desta figura que tanto marcou nossas vidas.

Sim, quem poderia ficar indiferente ao Eduardo???

Tinha a capacidade invadir nossos corações (sem pedir licença - diga-se de passagem), bagunçava tudo, criava uma intimidade, influenciando nossos atos e pensamentos. E deixa-nos, agora, órfãos.

SEREI ETERNAMENTE APAIXONADO PELO TIO DUDÚ”.

Sem dúvida, são inúmeras as histórias de pequenas diabruras deste moleque travesso – que foi o Lauande. Muitos de nós, seus amigos, certamente temos pelo menos uma dessas histórias mirabolantes e divertidas para contar. Sem dúvida, antes de tudo, Lauande era mesmo um grande garoto, com toda a vivacidade que só os homens muito adultos, maduros e bem resolvidos são capazes de ser. E ele era, como eu gostava de lhe dizer: um adorável homem-menino (...).

Éh isso aí Dário, o Lauande, mesmo em sua partida, não deixa de provocar uma grande festa. Ou melhor dito, ele era a própria festa!!

postador por: Nely Miranda

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