O camarada Gerson Nogueira é de Baião e eu sou de Mocajuba. São duas belas cidades avizinhadas. Na carona da dialética de Heráclito, o rio é o luminoso Tocantins e nossas mutações de ideais não são ortodoxas.
Mesmo sendo botafoguense, Gerson diz que não nasceu pra sofrer e eu bicolor duvido dos determinismos históricos. Digo isso porque colocaram que nas mentes tocantinas que Baião e Mocajuba vivem em bangue-bangue e vão in aeternum viver na miséria. Aleivosia. Foi quando o Gerson disse: “Duvide das frases feitas, das idéias prontas, dos preconceitos. Esse tipo de coisas massifica mentiras e sustenta equívocos históricos”.
Por exemplo, todos dizem que homens mocajubenses traem suas mulheres. E que mulheres baionenses são fofoqueiras. Mas há muitos homens que não traem e muitas mulheres não são adeptas dessa prática. E há homens cujas línguas não cabem dentro da boca, enquanto que há mulheres discretas, cujas palavras só lançam ao vento quando acham mais adequado.
Mas vou discorrer sobre o exemplo principal: é o de que algumas coisas são assim mesmo. No caso: a pobreza de Baião e Mocajuba, se é grande demais, se é assim mesmo, então nada que fizermos contra ela surtirá efeito. Isso não é verdade. Cada qual pode fazer um pouco. Entendo que o tempo histórico é diferente. O que as elites de nossas cidades disseram e o modo como agiram não são leis absolutas. Aí surge a pergunta que não quer calar: Baião e Mocajuba vão ficar eternamente na miséria?
Concordo com o Gerson que Baião e Mocajuba têm situações submissas diante da realidade, que também nos faz vítimas do sistema capitalista e que impõe diariamente suas ferraduras sobre nossas costas e nos faz correr. Na dita anestesia de Baião e de Mocajuba, vamos conduzindo a vida, embriagados em conceitos que nossos pais nos repassaram, às vezes achando que o certo é assim mesmo e que quebrar aquilo tudo de paradigmas poderia gerar uma situação de desonra. Ainda hoje prevalece a hipocrisia que nos imobiliza e impede de derrubar máscaras e sermos apenas, simplesmente, o que somos. Somos criados, pelo menos na classe média, para estudar, crescer, namorar, casar, ter filhos, uma casa, um carro, algum dinheiro para viagem. Envolvidos nestas metas nos esquecemos de uma coisinha muito importante: o outro. Ricos são criados para um pouco mais que isso. Os pobres, para nada. Aí eu e o Gerson lembramos novamente da dialética da miséria entre Baião e Mocajuba e perguntamos: como ajudar as nossas cidades? Acredito que devamos ininterruptamente questionar nossa miséria e dizer que não podemos ser vocacionados à indigência econômica e social.
Por exemplo, todos dizem que homens mocajubenses traem suas mulheres. E que mulheres baionenses são fofoqueiras. Mas há muitos homens que não traem e muitas mulheres não são adeptas dessa prática. E há homens cujas línguas não cabem dentro da boca, enquanto que há mulheres discretas, cujas palavras só lançam ao vento quando acham mais adequado.
Mas vou discorrer sobre o exemplo principal: é o de que algumas coisas são assim mesmo. No caso: a pobreza de Baião e Mocajuba, se é grande demais, se é assim mesmo, então nada que fizermos contra ela surtirá efeito. Isso não é verdade. Cada qual pode fazer um pouco. Entendo que o tempo histórico é diferente. O que as elites de nossas cidades disseram e o modo como agiram não são leis absolutas. Aí surge a pergunta que não quer calar: Baião e Mocajuba vão ficar eternamente na miséria?
Concordo com o Gerson que Baião e Mocajuba têm situações submissas diante da realidade, que também nos faz vítimas do sistema capitalista e que impõe diariamente suas ferraduras sobre nossas costas e nos faz correr. Na dita anestesia de Baião e de Mocajuba, vamos conduzindo a vida, embriagados em conceitos que nossos pais nos repassaram, às vezes achando que o certo é assim mesmo e que quebrar aquilo tudo de paradigmas poderia gerar uma situação de desonra. Ainda hoje prevalece a hipocrisia que nos imobiliza e impede de derrubar máscaras e sermos apenas, simplesmente, o que somos. Somos criados, pelo menos na classe média, para estudar, crescer, namorar, casar, ter filhos, uma casa, um carro, algum dinheiro para viagem. Envolvidos nestas metas nos esquecemos de uma coisinha muito importante: o outro. Ricos são criados para um pouco mais que isso. Os pobres, para nada. Aí eu e o Gerson lembramos novamente da dialética da miséria entre Baião e Mocajuba e perguntamos: como ajudar as nossas cidades? Acredito que devamos ininterruptamente questionar nossa miséria e dizer que não podemos ser vocacionados à indigência econômica e social.
O exercício do questionamento, para quem o faz, ainda tem um preço. Mas vale pagar. Se expor, ter idéias, defendê-las, mesmo diante do medo do histriônico. Por isso, vamos questionar sempre a miséria que reina em Baião e Mocajuba porque essa cantilena sempre beneficiou uma elite e alijou um povo cabloco trabalhador e venturoso.
15 comentários:
Estive em Mocajuba na quadroa junina de 2005 quando por hora fui convidado pelo companheiro ...para presidi a comissão de jurados do concurso de quadrilhas. COnfesso que foi uma das maiores disputas que já presenciei nesta liguagem cultural.
Haviam treinado durante o ano inteiro. Coreógraf@s, Estilistas, custeir@s, enfim, uma série de profissionais envolvidos, naquilo que assemelhava-se ao frenesi das grandes escolas de samba e das tribos de Juruti e Parintins.
Dalí prá cá estou certo de que tenho um débito com aquelas/es artístas/brincantes, o qual levarei em uma oportunidade, que é o DVD da festa, a qual gravei quase que por inteira.
Minha querida ex-esposa (mãe de minha amada filha) adorou o local, e eu idem.
Lauande me falou certo dia de um filósofo de lá e ficamos de um dia desses de nossa existência gravarmos pra eternidade um trecho de sua história. Oxalá esteja vivo e nos esperando com hospitalidade.
Diario do Pará Manda Bala:
Família em pânico
Conhecida senhora da sociedade paraense, com mais de 70 anos, está colocando em polvorosa sua família. Por uma razão no mínimo extravagante. Tudo por causa da leitura do sucesso editorial “O Doce Veneno do Escorpião”, de autoria da ex-garota de programa Bruna Surfistinha, na qual a mesma conta em detalhes picantes sua atividade no mundo da prostituição.
Memória indiscreta
Acontece que hoje a provecta senhora acredita que poderá concorrer, com igual ou até maior sucesso, também contando suas memórias na prostituição da alegre Belém dos anos 50. Nesse período, conheceu famoso e bem sucedido mafioso contrabandista, com quem posteriormente casou. Ela então abandonou a prostituição, ele deixou de lado o contrabando e ambos ingressaram no mundo dos negócios - inclusive o da comunicação.
Bruna em Belém
Ghost writer sondado pela ex-surfistinha paraense para escrever o livro está impressionado com a memória da quase anciã, que guarda e relata os fatos com detalhes de sua intensa atividade sexual, citando nomes de clientes e episódios escandalosos com personagens muito conhecidas à época e algumas ainda vivas. A preocupação da família é que, além da insistência com o tal livro de memórias, a pré-autora diz que não abre mão de trazer a Belém sua jovem colega Bruna para a noite de autógrafos.
Parabénss pelo belo texto lauande. Mesmo que alguns queiram que a miséria seja vista apenas como uma fatalidade, ela tem nome, causa e solução, sem determinismos é claro. Denunciar e lutar sempre contra ela é o que move a vida de todos os que acreditam em uma sociedade justa, livre e feliz. Um grande abraço
Lauande,
Mais uma leva de demitidos na SEDUC.
É o PT aparelhando o estado.
Ja imaginou se os tucanos tivessem demitidos dos postos tecnicos todos os petistas.
A grita seria geral, acusações de arbitrariedade e falta de democracia.
Uma amiga minha, eleitora do PT, esta entre os novos canetados.
Gostaria q vc comentasse este quadro.
Isso é o que eles chamam participação da sociendade nas decisões do governo.
Os funcionarios tecnicos com comprovada competencia demitidos por que nao sao desta ou daquela tendencia, nao sao "sociedade" ou sociedade sao os sindicatos e entitades comandadas pelo PT?
Vc aí na Secretaria de Planejamento Participativo poderia me dar uma luz.
Quero conhecer Baião e Mocajuba...
Abraços,
Pedro
CONVITE
AMIGOS BLOGUEIROS, a Carolina Jinkings incluiu, na programação desta sexta-feira, um encontro para falar sobre BLOGS.
O Juvêncio Arruda(Quinta Emenda), estará na Livraria Jinkings da Tamoios, a partir das 19h00, desta sexta-feira, dia 09 de março, conversando com os alunos da Faculdade de Tecnologia da Amazônia(FAZ), do curso de Comunicação Institucional, turma 711, na disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa.
ESTÃO TODOS CONVIDADOS!
Com certeza será uma noite agradável e educativa. A experiência de vocês será válida. Principalmente para os alunos que estão ansiosos em conhecê-los pessoalmente.
Abraços, Cristina Moreno.
Baião e Mocajuba,vizinhas pela geografia,padecem do mesmo mal. Irmãs orfãs do ciclo áureo da pimenta-do-reino e da falta de qualquer projeto de suas elites políticas.
Próximas à Belém,sem problemas fundiários,poderiam ocupar um espaço mais favorável na economia do estado..Mas são reféns de "lideranças" que só olham para o próprio umbigo(e para o próprio bolso..)Em Mocajuba, a grande obra do Estado é um presídio..E para ele,muitos dos que governaram essas centenárias cidades deveriam ser despachados..Aí,o maior dos entraves ao ansiado progresso estariam superados..Tudo começa com um voto..
Mais um blog paraense na praça, Blog do "Seu" Tião: http://seutiao.blogspot.com/
Ahahahahahahaha
Lauande,
Onde estás que não respondes, em que estrela tu te escondes.
Abraços.
Lauande, quando você vai voltar? Sentimos sua falta na blogosfera.
Bjs,
Cris Moreno
Dudu o teu texto é delicioso sem rancor, ou seja , uma pura sacanagem.
Isso tudo pra dizer que estou morrendo de saudades.
Saudade. Bjinhs.
Inez
Viva o Bicola
Ei, desaparecido, boa Semana Santa para você e sua família. Fiquem com Deus.
Bjs,
Cris Moreno
Essa luta interna na DS vai acabar em caso de policia!
Quem leu a matéria ¨agricultores denuciam maracutaia¨(1ºcaderno atualidades pagina 9) do jornal O LIBERAL de domingo(08/04/07).
Passou a conhecer a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) essa federação é uma dissidência do Movimento dos Sem Terra (Mst), entre suas lideranças, o maior expoente é justamente o denunciado, Raimundo Nonato, mais conhecido como Nonato da Fetraf¨.
Até ai tudo bem, é mais um movimento social que se organiza e encontra problemas na sua organização com pessoas oportunistas.
Mais no caso do Nonato é diferente.
Para vocês entenderem essa caixa preta que é a Fetraf e a Delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Pará vocês tem que entender a verdadeira engenharia política orquestrada pelo ex-delegado do MDA no Pará, Carlos Guedes, atual Secretario de Planejamento Participativo, Orçamento e Finanças (Sepof) e pelo Nonato da Fetraf. O que eles têm em comum?
Ambos são da DS e participam das reuniões da coordenação estadual da tendência.
Quando a DS nacional ganhou o comando do MDA, indicou para comandar a delegacia no Pará, o gaúcho Carlos Guedes.
E, diga-se de passagem, enquanto Guedes esteve à frente da Delegacia do MDA no Pará, realizou um bom trabalho dentro do que foi pensado pelo MDA para o Pará.
Mais como todo bom candidato, Guedes tratou de construir sua base política. Coincidência ou não, depois que Nonato entrou na DS, a Fetraf passou a ter uma relação privilegiada no MDA. Em especial com o ex-delegado (Carlos Guedes), e com o atual Delegado do MDA, conhecido pelo sobrenome de Abucatra.
Na verdade todas as linhas de financiamento do Pronaf (programa nacional de apoio à agricultura familiar). Que é coordenado pelo MDA, são centralizados politicamente para Fetraf, que tem como coordenador Nonato da Fetraf, sendo que essa pratica não é surpresa pra ninguém do PT, todos sabem que as tendências Internas do PT dividem assim suas bases políticas no meio rural, a Fetagri (federação dos trabalhadores rurais do Pará). São ligados ao campo majoritário do PT, quando eles coordenavam o INCRA no Pará, os recursos do INCRA eram direcionados para Fetagri. Depois que denunciaram o uso dos programas para fins pessoais e eleitoreiros, que inclusive resultou na prisão do ex-superintendete e atual deputado federal pelo PT do Pará, Beto da fetagri, como é conhecido na Fetagri.
Sendo que na Delegacia do MDA no Pará ainda não se chegou ao ponto de ninguém ser preso, mais estar perto de acontecer, não pelo uso do erário publico para fins pessoais, mas sim para fins políticos.
Quando Carlos Guedes foi convidado a coordenar o programa de governo da então candidata Ana Julia, teve que afastar-se da Delegacia do MDA e por conseqüência afastar-se da sua promissora base política, a Fetraf. Em um acordo político, para não perder o apoio da Fetraf via Nonato, indicou a senhora Soraya Viana Almeida, para ser a Delegada-adjunta do MDA no Pará. Estaria tudo bem se a referida senhora não fosse a esposa do ¨Nonato da Fetraf¨, e as suas indicações não param por ai, o atual Delegado do MDA, senhor Abucatra conta com o apoio de Carlos Guedes para continuar a frente da delegacia, a chefa de gabinete do MDA, Gisele Mendes, é uma indicação da ex-delegada adjunta do MDA, e atual Chefa de gabinete da governadora Ana Julia, Helena Nahun.
Helena Nahun foi uma indicação estratégica do atual titular da Sepof, Carlos Guedes, para vigiar as ações políticas de quem se aproxima da governadora, Helena é os olhos e ouvidos de Carlos Guedes no palácio dos despachos.( detalhe importante, Helena Nahun era adjunta de Stefani Henrique na coordenação de relações com a comunidade da prefeitura de Belém na gestão do PT, o mesmo Stefani Henrique que foi indicado por Carlos Guedes e André Farias para coordenar o orçamento participativo estadual, e por conseqüência coordenar a campanha de Carlos Guedes em 2010, para Deputado federal ou governador, caso acabe a reeleição)
Carlos Guedes depois de assumir a Sepof, nomeou seu assessor, Mauro Rodrigues, para junto com Nonato da Fetraf, fomentar a sua candidatura em 2010, pelo interior do estado. Mauro Rodrigues cansado de viajar a custa do erário publico com um DAS 3, pediu ao seu chefe e virtual candidato a sucessão de Ana Julia, um DAS maior, e foi atendido, foi nomeado DAS 4 da Sepof.
E assim a campanha de 2010 se aproxima rapidamente.
Pt saudações.
Ganhou o Basa, mas ficou sem o Incra Nacional. Por isso a DS da Ana Júlia está querendo a superintência regional da autarquia em Belém. Carlos Guedes de Guedes, principal interessado, está nos bastidores agindo para tal. Cooptou a Fetraf, que quer indicar o ex-MST Raimundo Nonato Coelho. Sobre o hoje conhecido Nonato da Fetraf, o Liberal publicou matéria, domingo passado, dando conta das maracutaias que o sujeito anda aprontando.
As regionais da Fetagri-Contag e do MST do norte, que apoiaram a permanência de Rolf Hackbart na presidência do Incra, em oposição ao nome da Ana Júlia, não querem nem ouvir falar do tal Nonato, expulso do MST por falcatruas.
Ontem, sexta-feira 13, a PF fez diligência na superintendência regional do Incra de Santarém, que terminou à meia-noite. Durante 12 horas vasculharam papéis e computadores em busca de indícios das maracutaias que o Pedro Aquino, titular da regional, estaria aprontando. Até grampo de telefones fizeram. O affaire envolve favorecimento de empresas em licitações.
O detalhe é que Pedro Aquino, indicação do Zé Geraldo e CIA, vinha sofrendo assédios da DS, através do Carlos Guedes.
Resta saber se a DS tem algo a ver com a intervenção da PF no Incra de Santarém, para tirar o PT pra Valer da jogada e ficar com a superintendência.
Tõ dizendo meu mano, eles são gulosos, querem tudo. Aos aliados, as batatas.
A PF ficou durante 12 horas no prédio do órgão.O superintendente, Pedro Aquino, está sendo investigado por favorecimento de empresário em licitações.
Só para não te deixar por fora da situação te mando o texto que segue.
Será que tem o dedo da DS nessa história?
Após ficar com o BASA e perder a disputa pelo Incra nacional, a DS da Ana Júlia quer, sabidamente, a superintendência regional do órgão em Belém. Carlos Guedes de Guedes, principal interessado, está nos bastidores agindo para tal. Segundo comentam, ele quer indicar o coordenador estadual da Fetraf, Raimundo Nonato Coelho, ao cargo de superintendente.
A Fetagri-Contag e o MST do norte, que apoiaram a permanência de Rolf Hackbart na presidência do Incra, em oposição ao nome da Ana Júlia, não querem nem ouvir falar do tal Nonato, expulso do MST por falcatruas. Sobre o hoje conhecido Nonato da Fetraf, o Liberal publicou matéria, domingo passado, dando conta das maracutaias que o sujeito anda aprontando.
Controle da política agrária
Com a tomada da superintendência de Belém, Guedes passaria a controlar a política agrária em nível regional, e estabeleceria uma base sólida no meio rural para uma futura candidatura. Mas para controlar toda a política em nível estadual, ele precisaria das três superintendências existentes no Pará e de todos os órgãos afins, incluindo os estaduais.
Vejamos o quadro atual: Cooptou a Fetraf à época em que era delegado federal do MDA no Pará. Continua no controle da delegacia, inclusive tendo colocado Soraia Viana, esposa do coordenador da Fetraf no posto de delegada adjunta, função antes ocupada pela atual chefa de gabinete da Ana Júlia, Helena Nahoum (o delegado titular atual é José Abucater, ex-ouvidor agrário do Incra). Compartilha a Sagri, tendo colocado gente ligada à Fetraf em cargos de assessores DAS da secretaria. O Iterpa é da DS, Emater idem. O Basa e Banco do Brasil, agentes financeiros dos programas do MDA, estão sob controle. Faltam as superintendências regionais do Incra - Belém, Marabá e Santarém - para fechar o círculo.
Entendendo a trama
A política agrária federal inclui programas de créditos para a produção familiar (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar); moradia (para assentados, através do Incra e para agricultores em geral, através de convênio com a Caixa); educação (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - da alfabetização até o nível superior); infra-estrutura (energia, saneamento e estradas); além de outras ações e serviços que estabelecem ponte com os movimentos sociais, como a cesta básica. Tudo isso representa investimentos consideráveis. Só de Pronaf, no ano passado, foram mais de 100 milhões de reais, no Pará.
Acontece que alguns desses programas são compartilhados entre as delegacias regionais do MDA e as superintendências do Incra, e podem ser realizados através de convênios com outros órgãos (municipal, estadual e federal). Ao Incra cabe a competência exclusiva pela coordenação e execução da reforma agrária e regularização de terras.
O Pronera, por exemplo, bastante solicitado pelos movimentos sociais, é coordenado pelo MDA, mas executado pelo Incra. Os créditos, que interessam a todo mundo, é mais complicado. Têm os da reforma agrária, os do MDA. Em comum, o fato de ter como agentes financeiros o Basa e o Banco do Brasil.
Já a cesta básica, outro serviço de grande apelo eleitoral, é distribuída pelas ouvidorias agrárias, que estão diretamente subordinadas ao Incra. Antes eram vinculadas ao MDA.
Resumindo a trama
Como já foi dito, para se controlar toda a política agrária federal no Pará se necessita das três superintendências do Incra, e Guedes precisaria tirar algumas pedras de seu caminho. O superintendente de Santarém, Pedro Aquino, que está sendo vasculhado pela PF, é do grupo do Paulo Rocha; o de Marabá, da turma da deputada estadual Bernadete Ten Caten; e o de Belém é indicação da Fetagri e CIA.
E como todo blogueiro já sabe, os grupos do PT travam uma briga de foices e martelos no escuro.
O detalhe importante da novela é que Pedro Aquino vinha sofrendo assédios da DS, mas recusou a cooptação. Resta saber se, pra tirar a turma do Paulo Rocha da jogada, a DS chegou ao ponto de preparar uma SEXTA-FEIRA 13 para o superintendente do Incra.
É o perigoso jogo da DS.
Eduardo.
O que está acontecendo contigo ?
Nunca mais escrevestes!
Volte logo, seus fãs esperam.
Antonio Carlos Toninho
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